quinta-feira, 25 de março de 2010

Art Deco - Miami Beach

Art Deco foi um movimento internacional de design do início do século XX, que influenciou as artes decorativas, a arquitetura, as artes gráficas e visuais. Foi uma mistura de vários estilos que ocorreram naquela época, como o cubismo, o futurismo, o bauhaus e a art nouveau. Foi popular na Europa na década de 1920, mas continuou com toda força nos EUA após 1930. Foi um movimento sem intenções políticas ou filosóficos; a Art Deco foi meramente decorativa. Com a influência do cubismo, objetos como móveis, jóias, esculturas, luminárias, e também os edifícios, tinham formas geométricas e simples; não eram rebuscados como a Art Nouveau, mas sim modernos, utilitários, não perdendo é claro o seu requinte. O nome do estilo se deve a uma feira que ocorreu em Paris em 1925: Exposition Internationale des Arts Decóratifs et Industriels Modernes. Miami Beach tem a maior coleção viva de prédios em Art Deco do mundo, com centenas de prédios de hotéis e apartamentos que datam do período entre 1920 e 1940.

A avenida Ocean Drive é considerada agora o Distrito Art Déco; sua coleção de edifícios é tombada pelo Patrimônio Nacional. Caminhando por ela você vai poder admirar estas construções. Foi cenário de vários filmes, incluindo Scarface e Gaiola das Loucas . Nela também está a casa do estilista Versace, onde o mesmo foi assassinado. Você não terá erro em saber qual é: sempre haverá turista fotografando-a. Olhando estas construções, provavelmente muitos de nós em nossas cidades lembraremos de arquitetura parecida. O movimento ocorreu também no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro. Sou natural do Rio Grande do Sul e, nas praias de Xangri-lá e de Atlântida, os edifícios mais antigos são neste estilo.
Há uma lojinha bem interessante de souvenirs de Art Deco na Ocean Drive, a Art Deco Welcome Center (no. 1001), embora acho que eles poderiam oferecer mais produtos. Senti falta daquelas réplicas em miniatura de fachadas típicas para pendurar na parede, tão comuns aqui no Brasil ... é que eu coleciono...

Enfim, Miami Beach é destino imperdível em Miami. Além de frequentar a badalada SoBe (South Beach) e dar um mergulho em águas cristalinas, reserve tempo para passear pela Ocean Drive e admirar estas construções. Se quiser ver e ser visto, e observar os carrões e motões dos afortunados, tome um drink à noitinha num dos diversos cafés pela avenida.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Experiência gastronômica nos EUA (Flórida)

Muitos devem estar se perguntando: como seria uma experiência gastronômica nos EUA? É verdade, aqui no Brasil temos a impressão de que lá só se come fast-food (Mc Donalds, Burger King, Pizza Hut...). Mas se você está disposto a gastar um pouquinho mais (afinal, fast food lá é muuito barato), você fará ótimas refeições. Sempre gosto de conhecer a culinária local quando viajo, e com certeza a Flórida é muito rica, com uma influência latina (Cuba e México principalmente) muito forte.

Comida típica americana você encontrará na rede Perkins, que está presente em todos os estados americanos. Eles oferecem várias opções no seu cardápio, variando de pratos com grelhados, frutos do mar e massas. O hamburguer deles é um hamburguer de verdade, com carne de verdade e crocante por fora. Os pratos com peixes e camarões são deliciosos, tudo muito bem servido. E se der vontade de comer uma sobremesa, a rede também possui uma bakery (padaria), e manufatura deliciosas tortas recheadas (maçã, cerejas, morango etc). Quem me dera uma rede dessas por aqui... Apesar de muito bem servido, o preço é justo. Os pratos individuais ficam em torno de 12 US$. (visite o site para verificar qual cidade tem: www.perkinsrestaurantes.com/ - não tem em Miami).
Outra experiência interessante em Orlando são os restaurantes temáticos nos parques de diversões. Desta vez experimentamos dois deles. O San Angel Inn, que fica na atração do México no Epcot Center, destaca-se pelo romantismo do lugar. Quando você entra na atração, que fica dentro de uma pirâmide maia, você se depara com uma típica vila mexicana, sob luzinhas e à meia-luz, com casinhas típicas espanholas e várias banquinhas de artesanato. Nos fundos desta vila está o restaurante, que fica aos pés de uma réplica de pirâmide maia. O clima é muito astral. A comida também é boa, mas vale mesmo é pelo lugar. O outro foi Sharks Underwater Grill, no parque Seaworld. Nele você tem a vista de um gigantesco aquário onde várias espécie de tubarões estão a passar. É um espetáculo, e a comida também é deliciosa. Eu indico massa com camarões (eles são gigantes!) e molho Alfredo, ou o Sharks Trio (com camarões, vieiras e bolinhos de salmão - este último prato é um pouco menor; se você é bom de garfo recomendo ficar com a massa). Se você visitar o Universal Studios, não deixe de comer algum dos maravilhosos sanduíches do Hard Rock Café, acompanhado por um drink exótico e rodeado por pertences de astros do rock.

Em Miami, achei tudo de bom almoçar à beira da piscina do gigantesco Hotel Biltmore. Não perca o sanduíche de lagosta, é esplêndido, e vem acompanhado por chips coloridas (de beterraba, beringela, cenoura, batata-doce...). Também recomendamos o restaurante Versailles, que fica próximo ao bairro cubano de Little Havana, e é considerado um dos melhores restaurantes típicos cubanos na cidade. Experimente a famosa "vaca frita": carne de panela desfiada e frita no alho, acompanhada de bananas fritas. Outra refeição tradicional nos EUA é no Benihana, onde você senta ao redor de uma chapa e o cozinheiro prepara na sua frente o seu teppanyaki. Se você for com crianças, elas simplesmente vão amar os malabarismos do cozinheiro na frente deles.


Nas Florida Keys, você vai se deliciar com os frutos do mar. Existem diversos restaurantes à beira da US1, estrada que liga estas pequenas ilhas (conhecidas como keys) por 157 km, de Key Largo a Key West. Fica a dica do Islamorada Fish Company Restaurant, na milha 81,5, após Key Largo (1h30 min de Miami). Ele está localizado num deck mar adentro, com uma vista paradisíaca e visitas frequentes de pelicanos. Experimente a garoupa fresquinha com molho de camarões. Antes de almoçar, faça uma visita à gigantesca loja World Wide Sportsman, onde você encontrará tudo relativo à pesca, além de um enorme aquário de água salgada lá dentro.

terça-feira, 23 de março de 2010

A eterna natureza de Tiffany

Como já havia dito, passei agora 2 semanas de férias na Flórida - EUA. Foi a minha segunda vez lá, então estarei, nos próximos posts, publicando assuntos relativos às experiências que tive.
Sou admiradora de tudo relativo às artes, então adoro visitar museus de arte quando viajo. E este do qual falarei, eu não poderia deixar de conhecer. Gosto muito de Art Nouveau, e um sonho de consumo que tenho é decorar a minha casa com estes abajoures estilo Tiffany (as cópias já são caras, original, então, nem pensar, hehehe.). É lógico então que amei a visita ao Charles Hosmer Morse Museum of American Art, localizado no elegante bairro de Winter Park, em Orlando. Este museu, entre várias coisas interessantes (como uma tela do ilustrador Maxfield Parrish, que adoro), possui o maior acervo de obras de Louis Comfort Tiffany. Quase enlouqueci vendo todos aquele abajoures lindíssimos, que são as suas obras mais conhecidas, como também aquelas janelas vitrais enormes e a exótica capela que Tiffany criou para uma exposição em Chicago, trabalho que aumentou a sua popularidade em seu país. Infelizmente, fotos não eram permitidas; as que coloco aqui são de obras do acervo via internet.

Louis Comfort Tiffany (1848-1933) foi um dos mais criativos designers do final do século XIX. Declarou que o objetivo de sua vida era a busca da beleza. Teve a sorte de ser filho de um milionário que fundou a mais prestigiosa companhia de jóias da América (Tiffany), de modo que pôde se dedicar ao seu ideal pela arte sem preocupar-se com a questão financeira, que é um problema para muitos artistas. Começou seu treinamento como pintor, mas depois estudou a química e tecnologia do vidro. Em 1885, estabeleceu sua própria firma de objetos decorativos, mas seu foco era desenvolver novo métodos para a produção de vidros.

Assim, aprimorou a antiga técnica usada para colorir vidros opalescentes; ele acreditava que desta forma poderia reproduzir melhor a beleza da natureza, ao invés de simplesmente pintar o vidro conforme a tradição gótica. Estava convicto de que a natureza deveria ser a fonte primária de inspiração para desenhar as sua obras. Para criar os vidros coloridos, ele adicionava determinados metais à mistura de areia, soda e cal (que é o que forma o vidro, quando aquecida), o que conferia a cor (por exemplo, adicionava ferro e o vidro ficava verde, adicionava cobalto e ficava azul, manganês para criar a púrpura, e assim por diante). Com os pedaços de vidro que criava, ele os cortava e os organizava como em mosaico, ligando as peças com chumbo ou cobre para formar a figura desejada.
Se for à Orlando, vale a pena a visita:
Charles Hosmer Morse Museum of American Art
445 North Park Avenue, Winter Park, Florida
www.morsemuseum.org/

segunda-feira, 22 de março de 2010

Homenageando um médico de alma

Olá queridos leitores, voltei. Não vejo a hora de registrar aqui alguns do maravilhosos momentos que tive em minhas férias. Porém, a vida não é feita de apenas de momentos felizes. Em 22 de fevereiro de 2010 faleceu o pai do meu marido, meu querido sogro Dr. Reno. Gostaria de dedicar este post a ele, que foi um talentoso cirurgião e com a sua arte salvou a vida de centenas de pessoas. Foi um marco na medicina da sua cidade. Muito dedicado ao seu trabalho, honrou a sua profissão, ajudando ao próximo independente de classe, cor ou credo.

" Cirurgia é a arte de curar com as mãos"

"O bom médico trata a doença. O grande médico trata o paciente que tem a doença"

"O que você deixa para o amanhã não é o que é gravado em monumentos de pedra, mas o que é tecido nas vidas dos outros"

"Quem não vive para servir não serve para viver"

"A vida é como uma cebola: tira-lhes uma camada de cada vez e às vezes choras"

(1) Theodore Billroth com estudantes no auditório em Viena - Adalbert Franz Seligmann; (2) Cirurgia - Christian Schad; (3) A primeira cirurgia com Éter - Robert C. Hinckley; (4) Aula de Anatomia do Dr. Tulp - Rembrandt von Rijin; (5) Before Operation - Henri Gervex; (6) Agnew Clinic - Thomas Eakins