sábado, 17 de julho de 2010

Elixir do Amor

L'elisir d'amore (elixir do amor) é uma ópera em dois atos de Gaetano Donizetti. Estreou em Milão em maio de 1832 A ação se passa numa pequena aldeia do século XIX.

Nemorino, um camponês local, garoto tímido e simples, está apaixonado pela jovem e rica Adina a quem dirige inutilmente muitas atenções e ofertas de amor. Adina é inconstante, caprichosa e mostra preferir a corte descarada e presunçosa de Belcore, vaidoso sargento da guarnição do vilarejo. Um dia chega no vilarejo o doutor Dulcamara, um loquaz e pitoresco charlatão que vende um elixir milagroso, uma poção mágica que resolve todos os males. Nemorino logo cai nessa (pois a bebida não passa de um simples vinho) e compra uma garrafinha, bebendo com a certeza que o fabuloso elixir fará com que Adina caia aos seus pés. Mas isso não ocorre, Adina aceita casar-se com Belcore, e um grande banquete é organizado. Nesse meio tempo, no vilarejo se espalha um boato que um tio rico de Nemorino faleceu e deixou a ele uma enorme herança. Logo todas as garotas do vilarejo dedicam mil atenções ao jovem, que acredita que tudo isso seja o efeito do mágico elixir. Também Adina se surpreende pelo que está acontecendo, mas ela não sabia nem da notícia da herança, nem da história do elixir. A verdade é que agora ela também está apaixonada por Nemorino. É nessa hora que acontece a ária Una Furtiva Lacrima, cantada por Nemorino, quando vê a amada chorar de ciúmes e se dá conta que ela o ama. No final, Adina, desfaz o acordo com Belcore, e confessa a Nemorino o seu amor.

Tive a oportunidade de ouvir o Pavarotti cantar Una Furtiva Lacrima num show que fez em Porto Alegre, em 1998, foi um momento inesquecível.

Da ópera só conhecia este trecho, quando em 2008 assiti no CIC em Florianópolis a ópera completa, com legendas em português. Roubaram a cena, além desta ária que é linda, as cenas muito cômicas em que aparecia o médico charlatão Dulcamara, e também a interpretação da soprano Carla Domingues no papel de Adina, que foi excelente (veja o blog dela http://carladomingues.blogspot.com/).

Una Furtiva Lacrima

Una furtiva lacrima negli occhi suoi spuntò
Uma furtiva lágrima nos seus olhos apareceu
Quelle festose giovani invidiar sembrò.
Pareceu invejar aquelas alegres jovens
Che più cercando io vò? Che più cercando io vo?
O que mais eu estou procurando? O que mais eu estou procurando?
M'ama! Sì, m'ama, lo vedo... lo vedo.
Me amas! Sim, me amas, eu vejo... eu vejo.
Un solo istante i palpiti del suo bel cor sentir!
Em um só instante sentir o palpitar do seu belo coração
I miei sospir, confondere per poco a suoi sospir,
Os meus suspiros, confundem-se aos poucos com seus suspiros,
I palpiti, i palpiti sentir ... confondore i miei coi suoi sospir!
O palpitar, o palpitar sentir ... confundir os meus com os seus suspiros!
Cielo! Si può morir!
Céus! se pode morrer!
Di più non chiedo, non chiedo.
Não peço mais nada, não peço.
Ah, cielo!Si può morir, si può morir d'amor.
Oh céus! Se pode morrer, se pode morrer de amor

6 comentários:

  1. Ótimo blog, parabéns. E oh conteúdo bom ! :D
    Se puder dá uma passadinha no meu : http://abazze.blogspot.com/

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  2. Paty

    parabéns pelo espaço!
    Texto informativo e inteligente

    abç

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  3. Embora eu concorde com John Milton em Advogado do Diabo, que o amor não se difere muito de grandes quantidades de chocolate. Enfim. Não deixa de ser lindo.

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  4. escolhi esse topico para comentar pois gosto da arte em suas multiplas manifestaçoes, dai gostar muito de OPERAS tambem. Me lembro de ter visto muita coisa no teatro municipal de Sao Paulo, tendo preferencia pelas obras italianas e francesas, com uma forte critica social.
    me lembro ainda de ter assisitido a Bodas de Figaro do Mozart, em que se cantava uma canção como critica aos nobres que nunca trabalhavam, não produziam nada a sociedade e reclamavam seus direitos de nascença. por outro lado os nobres acusavam os burgueses de não terem cultura, embora não lhes faltasse dinehiro.

    bem, a musica era " se vuol ballare signor contino" que ridicularizava a situação dos nobres, em especial a arrogancia do conde, que nunca fizera nada de proveitoso a sociedade e agora atrapalhava os planos do casal romantico ...bem, eu viajo nessas coisas!


    por falar em arte, ontem vi um filme político muito bacana " Vincere" que conta a vida de Ida Dalser, a mulher rejeitada por Mussolini, seu drama e um panorama do totalitarismo na italia fascista pre segunda guerra mundial.
    achei super curioso eles terem incluido os PINTORES FUTURISTAS no filme, em um determinado momento o "Duce" vai vistar uma galeria e vemos um monte de malucos com chapeus coloridos, mostrando que na pratica a arte pode infelizmente servir a pessimos ideiais !

    parabens pelo seu blog, que me faz pensar tanta coisa legal !!!
    um beijo
    Ibere

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  5. Realmente o blo está de parabéns! Só enriquece o conteúdo disposto na net. Continue assim! Parabéns!

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