O Mont Saint Michel, uma ilha situada entre as regiões francesas da Bretanha e Normandia, é um lugar mágico de verdade. Nesta ilhazinha foi construído um mosteiro, santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel, fortificado no século XIII.
Para chegar lá, pegamos um TGV (trem-bala) de Paris à Rennes, cuja viagem durou 2 horas, e de Rennes tomamos um ônibus que em 1 hora nos deixou no portão de entrada do Mont. Quando estávamos chegando e visualizando o monte de longe, bateu a emoção, parecia uma miragem.
Optamos por nos hopedar num hotel dentro do Mont, onde passamos apenas uma noite. Segui dicas que encontrei na internet, de ficar por lá, pois após as 18h, as excursões de turismo vão embora, e você fica com o Mont quase exclusivo para você, o que é verdade, pois durante o dia a quantidade de turistas é muito grande. Tivemos só um pouco de dificuldade com as malas, para chegar até o hotel pela Grand Rue, que é uma lomba estreita, de pedra, cheia de turistas. Mas e daí, né?As casinhas desta pequena cidade fortificada são uma graça, pequeninas, de pedra com estruturas de madeira. Nesta rua principal que citei, há várias lojinhas com artesanato local. Lindo também é subir o Mont pelas rampas laterais. Ali também há lojinhas e terraços de restaurantes, mas o que impressiona é a vista. Enquanto sobe, olhando para cima à sua esquerda estão os ápices da abadia que você não se cansa de fotografar; à sua direita e para baixo, aquela baía imensa de areia movediça que em tempos de maré alta fica tomada pelo mar. Enquanto caminha, vem aquele vento, que é forte mas é gostoso; é aquela brisa que quem mora perto do mar conhece, mas parece ter um algo a mais, parece mesmo carregar uma história no seu ruído, no seu tato. É uma sensação muito agradável estar ali.Para visitar a abadia, você tem que comprar um ingresso. Aí você sobe uma escadaria mais alta ainda e chega a um outro terraço, onde está a entrada da igreja. Este terraço também fornece vistas magníficas da baía. A igreja também é muito bonita no seu interior. Tivemos a oportunidade de assitir uma missa cantada , o que foi também uma experiênciaa surreal, como se estivesse viajando no tempo. A celebração que assistimos eram as vêpres, ou vésperas em português, celebradas ao fim do dia, que compreendem uma das liturgias das horas (também chamada Obra/Ofício Divino). Trata-se de uma oração pública e comunitária oficial da Igreja Católica, significando o momento de parar em meio a toda a agitação da vida e recordar que a Obra é de Deus.
Depois da missa, saímos do Mont e fomos caminhar pela baía, esperando o pôr-do-sol, que foi divino. À noite, depois do jantar, voltamos lá para observar o Mont todo iluminado, novamente espetacular.
Só não tenho como descrever aqui a experiência com a mudança abrupta das marés, fenômeno que ocorre por lá de acordo com o calendário lunar. No dia em que ficamos lá, não havia diferença entre a maré alta e a baixa. Se você for viajar para lá, pode olhar no site do Mont http://www.ot-montsaintmichel.com/accueil_gb.htm e ali tem bem direitinho os dias em que a maré sobe. Pelo jeito tenho que voltar lá ...