O aroma é mais uma das perfeições que a natureza nos deu e do qual o homem soube divinamente aproveitar com a criação dos perfumes. Embora não nos damos da importância do sentido do olfato em comparação aos outros sentidos, ele está intimamente ligado às nossas experiências emocionais. É mágico como uma substância etérea é captada pelo nosso cérebro ativando as mais diferentes memórias e reações emocionais.
Como a maioria das pessoas, sou louca por perfumes. Tive a oportunidade de visitar este ano a cidade de Grasse, na França, considerada hoje a capital do perfume. Desta forma gostaria de dedicar alguns posts do blog para este assunto, começando hoje pela história do perfume.
O mais antigo cheiro conhecido é o da fumaça, que exalava da queima da madeira, ervas e especiarias. A arte da elaboração do perfume nasceu no Egito, em cerca de 3000 aC, que utilizavam nas suas orações uma fumaça aromática que acreditavam chegar mais rápido aaos deuses. Acreditavam naa reencarnação, utilizando fragrâncias para mumificação. Assim, os sacerdotes aos poucos transformaram seus templos em autênticos laboratórios de perfumes artesanais. Por volta de 2000 a.C., os primeiros clientes foram os faraós e os membros importantes da corte; logo, o uso do perfume se difundiu; trazendo um agradável toque de frescor ao clima quente e árido do Egito. Por volta de 1500 aC, com a rainha egípcia Hatsheput, surgiram vários rituais de beleza, como a utilização de cones perfumados na cabeça, que derretiam ao sol forte e desta forma protegiam e hidrataavam a pele.
Os egípcios cuidavam muito de sua higiene pessoal, tinham hábito de lavar-se ao acordar, e também antes e depois das principais refeições; além de água, usavam uma pasta de argila e cinzas, a suabu, que era uma espécie precursora do atual sabonete; a seguir, friccionavam o corpo com incenso perfumado.
Os egípcios cuidavam muito de sua higiene pessoal, tinham hábito de lavar-se ao acordar, e também antes e depois das principais refeições; além de água, usavam uma pasta de argila e cinzas, a suabu, que era uma espécie precursora do atual sabonete; a seguir, friccionavam o corpo com incenso perfumado.
Este hábito de perfumar-se também foi surgindo em outras culturas, como na Grécia em 800 aC e na Mesopotâmia, a qual tornou-se centro comercial de especiarias e perfumes em 650 aC. Na época de Alexandre Magno, seu professor Teofastro foi o primeiro autor de um tratado sobre cheiros.
A egípcia Cleópatra marca o uso dos aromas como artifício de sedução. Untava o corpo com essências aromáticas, criando em torno de si uma aura mágica. Recebia Marco Antônio, seu grande amor, em uma cama coberta de pétalas de rosa.
Durante o império romano, o gosto por incensos e perfumes conheceu uma grande expansão, pois aperfeiçoaram a produção de vidros e fizerema grandes importações de matérias primas do Oriente. Mas foi com os árabes que o estudo dos perfumes se aperfeiçoou. O químico árabe Al-Kindi escreveu no século IX um livro sobre perfumes chamado Livro da Química de Perfumes e Destilados. Os árabes introduziram o processo de extração de óleos de flores através da destilação, o processo mais comumente utilizado hoje em dia. Seus primeiros experimentos foram com as rosas. A tecnologia da destilação influenciou a perfumaria ocidental e desenvolvimentos científicos, principalmente na química. O processo progrediu também com os chineses, que séculos depois criaram o álcool concentrado. A precursora da água de colônia, a Água da Rainha da Hungria, surgiu em 1370, sendo o primeiro perfume com base alcóolica.
A região de Florença, na Italia, foi por vários séculos importante produtora de essências, bálsamos e pomadas, produtos estes que eram utilizados pela nobre florentina Caterina de Médicis, a qual mudou-se para a França em 1533 para se casar com o rei Henrique II, trazendo para este país o impulso definitivo para a produção e comercialização de perfumes.
As fragâncias para Caterina eram feitas em Grasse, no sul da França. Primeiramente, esta cidade era famosa pelos seus curtumes (e sabemos como os curtumes " fedem"). Após receber luvas de couro fabricadas em Grasse, ordenou que suas luvas viessem perfumadas por fragrâncias florais devido ao odor desagradável do couro. E assim a cidade, que já era rica em matéria prima (lavanda, rosas, jasmim...), iniciou a produção de perfumes.
A difusão do perfume por toda a França ocorreu através do rei Luís XV e sua amante Madame de Pompadour. Isto porquê ela, fiel ao estilo rococó, ditava a moda, a beleza e a arte da época. Gastava horas no banho com sabonetes de lavanda e ervas, incrementava seu penteado com pomadas de rosas, suas luvas eram perfumadas com violeta e neroli.
A água de colônia surgiu em 1714, quando o italiano Jean-Marie Farina registrou, na cidade de Colônia, um produto com o nome de Kölnisch Wasser (água de colônia), o qual era uma mistura de essências italianas como neroli, bergamota, lavanda e alecrim diluídos em álcool neutro. Quando Napoleão Bonaparte esteve em Colônia, acabou conhecendo o produto e ligando-o ao mundo da parfumaria francesa. De acordo com a história, ele despejava um frasco inteiro da tal água sobre a cabeça. A espanhola Eugênia, esposa de um sobrinho de Bonaparte, lançou um novo estilo de perfume, o Eau Imperiale. A frangrância foi comercializada pela Guerlain em 1861, e tinha no frasco o brasão dos Bonaparte: abelhas pintadas à mão em ouro.
A água de colônia surgiu em 1714, quando o italiano Jean-Marie Farina registrou, na cidade de Colônia, um produto com o nome de Kölnisch Wasser (água de colônia), o qual era uma mistura de essências italianas como neroli, bergamota, lavanda e alecrim diluídos em álcool neutro. Quando Napoleão Bonaparte esteve em Colônia, acabou conhecendo o produto e ligando-o ao mundo da parfumaria francesa. De acordo com a história, ele despejava um frasco inteiro da tal água sobre a cabeça. A espanhola Eugênia, esposa de um sobrinho de Bonaparte, lançou um novo estilo de perfume, o Eau Imperiale. A frangrância foi comercializada pela Guerlain em 1861, e tinha no frasco o brasão dos Bonaparte: abelhas pintadas à mão em ouro.
Na época da belle époque os perfumes e artigos de toilette ganharam nova expansão. Mulheres elegantes lotavam os cafés parisienses exalando fragrâncias variadas. No século XX, a perfumaria francesa já estava definitivamente ligada à moda. Em 1920, floresce a carreira da estilista Coco Chanel, promovendo uma revolução ao lançar o imortal Chanel no. 5. Em 1940, surgem novas tendências olfativas, que insinuavam a sensualidade e o luxo, e teve sua consagração com o clássico Miss Dior, de Christian Dior. Em 1950, sob o ritmo do rock n´roll, surge o primeiro perfume americano, Youth Dew de Estée Lauder. Em 1970, jovens estilistas como Kenzo, Mugler, Calvin Klein e Donna Karan optam pela simplicidade dos florais. Em 1980, com a demanda de fragrâncias densas, surgem Poison, LouLou, Paloma Picasso e Samsara. Nos anos 90 a globalização permitiu que os perfumes fossem apreciados por diferentes pessoas e não somente as elites. O ícone da década foi Angel, de Thierry Mugler.
Aguarde os próximos posts!
*dica de blog sobre perfumes: http://perfumesbighouse.blogspot.com/
Aguarde os próximos posts!
*dica de blog sobre perfumes: http://perfumesbighouse.blogspot.com/
*imagens que aparecem no post:
1 - A Alma da Rosa - J.William Waterhouse
2 - Impresso turístico de Grasse (vintage)
3 - desenho egípcio
4 - Retrato de Caterina de Médicis
5 - Madame de Pompadour - François Boucher
6 - frascos da parfumaria francesa
7 - impresso da Parfumaria Felix Potin
8 - Chanel no. 5
Querida amiga avassaladora...AMO!ADORO! Perfumes... meu cheiro da vez é L eau per Kenzo, masculino para o dia e a noite estou amando um Ralph Lauren cheiroso demais e muito sexy!cheiro bom é tudo! Não adianta estar todo arrumado e mal cheiroso com desodorante avanço!!!!!Eca!
ResponderExcluirahhh só porq eu uso avanço...(brincadeira)curti o post,exigiu pesquisa,o seu blog é um tipo de wikipedia culto....gostei de verdade
ResponderExcluirflw
Muito legal a istoria dos perfumes, gosto muito de perfumes. Mas falando nisso, tem muita gente que não sabe escolher um adequado a situação, e acaba piorando a situação em vez de ficar cheroso. kkk
ResponderExcluirE viva a cleópatra com as camas-com-pétalas-de-rosa. hauehaeuahe
ResponderExcluirPerfume é tudo de bom não? Concordo plenamente quando se fala em combinar com a ocasião, mas, cá entre nós, sou muito mais 'suave' hehe
Meeeu, eu também quero ir pra França!
@wagnerjuniior
Sou um homem movido a perfume, não saio de casa sem!
ResponderExcluirhehehe
Me considero o menos vaidoso possivel, mas isso pra mim é sagrado!
Antonio Banderas - Blue Seduction
Recomendo!
Obs. Respondendo a sua pergunta: Não, não sou médico. Sou estudande de Rádio e TV.
O termo "pediatria em geral" é somente uma espécie de ênfase ao blog, sendo que sempre que vemos propagandas de hospitáis e convênios temos muitas vezes o termo "pediatria em geral" no final, como se fosse um adjetivo para conteúdo, coisa que tomei como uma sátira para o blog.
Oii. História é fascinante. História da perfumaria é duas vezes fascinante. E sua classificação de perfumes ficou muito boa também. Parabéns. Beijocas . Elisabeth
ResponderExcluirOlha,só li o primeiro post e achei espetacular,belissimas dicas e registros parabens mesmo!
ResponderExcluirhttp://oficinamissoes.blogspot.com/
Bem legal esse artigo, perfumes realmente são um toque pessoal inconfundível de personalidade marcante, valeu os toques da história das fragrâncias.
ResponderExcluirAbraços !