A temática dos seus quadros é muito poética, com cenários animados por casais de namorados e músicos de rua. Dá vontade de estar lá, dentro dos seus quadros. Não sei a que cidade pertecem estes cenários, pois nunca estive em Quebec. Para mim interpreto como se fosse Paris. Consigo perfeitamente imaginar esta cena: andar nas ruas de Paris ao anoitecer, com o meu amado, na cor diferenciada da atmosfera da cidade, ouvindo os músicos de rua, dançando a celebração de estar vivo.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Denis Nolet: um poeta da pintura
A temática dos seus quadros é muito poética, com cenários animados por casais de namorados e músicos de rua. Dá vontade de estar lá, dentro dos seus quadros. Não sei a que cidade pertecem estes cenários, pois nunca estive em Quebec. Para mim interpreto como se fosse Paris. Consigo perfeitamente imaginar esta cena: andar nas ruas de Paris ao anoitecer, com o meu amado, na cor diferenciada da atmosfera da cidade, ouvindo os músicos de rua, dançando a celebração de estar vivo.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
O Beijo
George Sand
As obras de arte são: (1) O Beijo - Gustav Klimt; (2) O Beijo - Tamara de Lempicka; (3) Beijo de Tango - Andrei Protsouk; (4) O Beijo - Edvard Munch; (5) O último romântico - Jack Vettriano; (6) O Beijo - Francesco Hayez; (7) Beijo Roubado - Jean Honoré Fragonard.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Baladas do rock
Gostaria de iniciar uma nova série de postagens aqui no blog. Tenho feito muitas postagens de músicas românticas no estilo da música clássica e ópera, mas há outro estilo bem difirerente, do qual também gosto muito. São as baladas das bandas de rock dos anos 80 (ou melhor, hard rock), conhecidas nos EUA como "power ballads". Estas músicas todas me trazem grande nostalgia, me lembram do meu início de adolescência, na época que ainda existiam reuniões dançantes... A maioria das letras são "dor de cotovelo" mesmo, falam da paixão entre jovens, amores proibidos, de promessas de amor, mas acompanhadas de vocais poderosos, solos de guitarra ou teclado, e levadas emocionantes da bateria. As bandas de hard rock da década de 80 vinham trazer um culto ao amor livre, às festas, ao carpe diem, à adrenalina. Nos shows de rock, quando uma balada dessas começava, todos acendiam seus isqueiros, atitude que ocorre até hoje.
Mas no início da década de 90, com a chegada do Grunge em clima totalmente oposto, depressivo, foi um balde de água fria para o glam das bandas de hard rock. Porém, fui sempre fiel ao estilo, e fico feliz de ver hoje adolescentes entrando em contato com ele, como se agora ele estivesse virando um clássico.
O vídeo que postei é de uma das minhas músicas (e vídeo) e bandas favoritas de todos os tempos, e acho que ela pode traduzir perfeitamente esta categoria de baladas do rock. É I´ll be there for you, do Bon Jovi, que pertence ao álbum New Jersey, lançado em 1989. Deixo a letra abaixo:
I guess this time you're really leaving I heard your suitcase say goodbye
Well as my broken heart lies bleeding you say true love is suicide
You say you've cried a thousand rivers and now you're swimming for the shore
You left me drowning in my tears and you won't save me anymore
I'm praying to God you'll give me one more chance girl
I'll be there for you, these five words I swear to you
When you breathe, I wanna be the air for you I'll be there for you
I'd live and I'd die for you I'd steal the sun from the sky for you
Words can't say what love can do I'll be there for you
I know you know we've had some good times now they have their own hiding place
Well I can promise you tomorrow but I can't buy back yesterday
And baby you know my hands are dirty but I wanted to be your valentine
I'll be the water when you get thirsty baby when you get drunk, I'll be the wine ...
I wasn't there when you were happy and I wasn't there when you were down
Didn't mean to miss your birthday baby I wish I'd seen you blow those candles out
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
As citações de Einstein
* "Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela."
* "O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou do seu ego."
* "Viver é como andar de bicicleta: É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio."
* "A ciência sem a religião é paralitica, a religião sem a ciência é cega."
* "O único homem que está isento de erros, é aquele que não arrisca acertar."
* "Os ideais que iluminaram o meu caminho são a bondade, a beleza e a verdade."
* "Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela."
* "A felicidade não se resume na ausência de problemas, mas sim na sua capacidade de lidar com eles."
* "A liberação da energia atômica mudou tudo, menos nossa maneira de pensar."
* "Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor… Lembre-se. Se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor com ele você conquistará o mundo."
* "O primeiro dever da inteligência é desconfiar dela mesma."
* "A fama é para os homens como os cabelos, cresce depois da morte, quando já lhe é de pouca serventia."
* "A imaginação é mais importante que o conhecimento."
* "O estudo, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido sermos crianças por toda a vida."
* "Sem cultura moral não haverá nenhuma saída para os homens."
* "Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de métodos."
* "Poucos são aqueles que vêem com seus próprios olhos e sentem com seus próprios corações."
* " Há duas coisas infinitas: o Universo e a tolice dos homens."
Figuras que aparecem no post: Albert Einstein; Pintando os pássaros - Franz Dvorak; O Pensador - Auguste Rodin; Chef na bicicleta - Betty Whiteaker; Três Velas - Marc Chagall; A Criação de Adão - Michelangelo;
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
O melhor amigo até nas horas mais difíceis
Fonte e mais informações em: http://www.bombeirosemergencia.com.br/caosalvavidas.htm http://www.dogtimes.com.br/farejadores.htm
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Asclépio e a minha arte
Muitas das narrativas em que se fala de Asclépio vêm através de Homero, e uma vez que atualmente o relato homérico sobre a Guerra de Tróia é considerado a poetização de um evento possivelmente histórico, Asclépio pode ter existido de fato, vivendo em torno de 1200 a.C., e sido mais tarde divinizado. Dentro da cultura grega não era incomum que heróis célebres fossem objeto de culto após sua morte. Escrevendo no século I, Celso explicou que pelo fato de ter aperfeiçoado as artes médicas, antes primitivas, ele mereceu um lugar entre os imortais.
Entre as curas que teria operado, estão as de vários heróis feridos em Tebas; de Filocteto em Tróia; as filhas de Proetus que haviam sido enlouquecidas por Hera; restaurou a visão aos filhos de Fineu; curou com ervas as feridas de Hércules em sua luta contra a Hidra de Lerna, devolveu à vida Orion, Hipólito, Himeneu, Glauco, Panassis e Licurgo. Após sua morte, outras curas lhe foram atribuídas por outros médicos da época.
Ele é representado usualmente como um homem mais velho, vestido com uma túnica que lhe descobre o ombro direito, e apoiado a um cajado onde se enrola uma serpente. Às vezes aparece a seu lado um menino, símbolo da recuperação da saúde. Também pode ser mostrado junto de algum de seus outros filhos, especialmente Higéia, que se tornou uma figura importante em seu culto e chegou a ter templos próprios (de onde vem a palavra higiene e também hígido - aquele que tem saúde). A estátua de seu principal templo fora feita em Epidauro, de ouro e marfim, tinha cerca de seis metros de altura, e ele aparecia sentado em um trono, pousando sua mão direita sobre uma serpente, enquanto que com a esquerda segurava um cajado, e tinha um cão ao seu lado. Asclépio foi representado em moedas cunhadas por 46 imperadores e imperatrizes romanos, e essas moedas circulavam em todo o império romano.
O principal símbolo de Asclépio é um bastão com uma serpente enrolada, que muitas vezes tem sido confundido erroneamente com o caduceu, que possui duas serpentes. A origem do símbolo é muito antiga, anterior aos gregos. Há mais de 5 mil anos os mesopotâmios usavam um bastão com uma serpente como emblema de Ningizzida, o deus da fertilidade, do matrimônio e das pragas. Para os gregos e romanos a serpente era um símbolo da cura porque periodicamente abandona sua pele velha e renasce, da mesma forma que os médicos removem a doença dos corpos e rejuvenescem o homem. Era conhecido também dos judeus antes de Cristo, como se lê no relato bíblico de Moisés erguendo um poste com uma serpente de bronze para livrar o seu povo de uma praga de serpentes.
Foram identificados centenas de santuários antigos de Asclépio em toda a orla do Mediterrâneo e Europa ocidental - desde Mênfis do Egito até Karpow no norte da Europa, desde Ecbátana no Oriente até o País de Gales - através de ruínas arqueológicas, citações literárias e inscrições em monumentos. Estes santuários funcionavam como hospitais, onde as pessoas iam buscar a cura de seus males.
A tradição médica derivada de Asclépio foi assimilada por Hipócrates, considerado por muitos o pai da medicina ocidental, que se formou no santuário de Asclépio em Cós. Ele mesmo era descendente dos Asclepíades, uma linhagem de sacerdotes-médicos que se dizia derivada da progênie do próprio deus. Apesar de a medicina hipocrática se desenvolver em uma linha mais científica e empírica, vários aspectos da sua doutrina se basearam no folclore religioso que cercava o culto de Asclépio, e deu grande atenção aos sonhos como elemento de diagnóstico.
fonte: Wikipedia
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
200 anos do nascimento de Frédéric Chopin em 2010 - 1
E de pensar que já toquei isso... desisiti pois nunca consegui fazer direito depois do 08:46, é muuuuuito difícil!
Visite este post para mais informações sobre Chopin: http://moradadevenus.blogspot.com/2009/12/200-anos-do-nascimento-de-frederic.html
Sonata ao Luar em Minha Amada Imortal
Minha Amada Imortal é outro filme que está entre os meus favoritos. Mas também sou suspeita para falar, pois o filme apresenta dois de meus ídolos: (1) o compositor Ludwig Van Beethoven e (2) o espetacular ator Gary Oldman.
O filme é baseado em uma carta que Beethoven escreveu para uma certa " amda imortal", provavelmente datada de julho de 1812, endereçada a uma mulher desconhecida com quem ele teria, na semana anterior, um encontro em Praga ou Viena. Os detalhes da carta indicam um provável relacionamento de longa data, no qual ele explica os prováveis impedimentos para um futuro casamento. O filme desenrola-se na busca desta mulher, tendo em vista que Beethoven teve vários relacionamentos, permanecendo a dúvida entre 3 pretendentes. O final do filme é muito supreendente e também muito triste.
A cena que postei mostra quando se descobre que Beethoven estava surdo. Sua amiga Giulietta, que é uma de suas pretendentes, insiste ao pai que lhe dê um piano, para que possa provar que ele ainda toca (tendo em vista que passara por momentos de " baixa" nas suas apresentaçoes). Eles entregam o piano e fingem que não há ninguém em casa, para que Beethoven fique mais à vontade. É aí que observam por uma janelinha na porta que ele, para tocar, necessita deitar a sua face sobre a tampa do piano de cauda, quando começa a executar a sonata ao luar, para melhorar a captação das ondas sonoras. Quando descobre que foi enganado, fica furioso, sai xingando todos, mas a surdez o impede de ouvir os pedidos de desculpas de Giulietta. A interpretação de Oldman neste momento é para mim muito tocante.
A Sonata Op. 27 n. 2 conhecida como Sonata ao Luar foi muito tocada na época de Beethoven, que chegou a dizer que já tinha feito músicas melhores, pode? Ela serviu de tema para inúmeros filmes e romances, e só recebeu o apelido famoso muitos anos depois da morte de Beethoven. Foi o crítico Rellstab que comparou a música a um luar no lago Lucerna (lindíssimo lago suíço). A comparação "pegou" e chegou até nós até os dias de hoje.
10 coisas românticas para fazer em Florianópolis
sábado, 9 de janeiro de 2010
La Bohème
Até a época em que Puccini compôs La Bohème, quase todos os personagens de ópera tinham sido reis, príncipes, nobres, guerreiros, deuses ou heróis da mitologia grega. Os personagens de La Bohème são intelectuais proletários que não têm dinheiro nem para pagar o aluguel, e a protagonista Mimi morre de tuberculose. Antes do sucesso, o próprio Puccini conheceu grande pobreza. A vida boêmia que Puccini vivia na época também era muito semelhante à dos personagens de La Bohème. A humanidade de seus personagens e a partitura de Puccini tornam La Bohème uma das óperas mais famosas do compositor.
Deixei aqui duas árias da ópera nas versões que maais gosto: (1) Che gelida manina com Luciano Pavarotti e (2) Quando m´en vo com Anna Moffo. A primeira é da cena em que o personagem Rodolfo conhece Mimi. A ação se desenvolve em Paris por volta do ano de 1830 no sótão que Rodolfo (poeta) divide com o amigo Marcelo (pintor).
A jovem Mimí bate na porta para pedir ajuda pois o vento havia apagado a luz de sua vela. Rodolfo abre, fica fulgurado pela beleza de Mimí e a convida a entrar para aquecer-se perto do fogo. A jovem, seriamente doente, sufocada por um acesso de tosse, quase desmaia e Rodolfo se dispõe a socorrê-la. Ficando melhor, Mimí agradece e sai, mas volta logo depois porque havia esquecido as chaves no sótão de Rodolfo. Um golpe de vento apaga as velas de Mimì e de Rodolfo, que ficam no escuro. Rodolfo encontra logo as chaves mas instintivamente as coloca no bolso. Continuando a buscar no chão, suas mãos se tocam. E Rodolfo explode de amor! Uma das partes que mais gosto é quando ele descreve o que faz da vida, que é um poeta, que vive de escrever e viver, e que apesar de sua pobreza, sente-se como um rei, pois tem a alma milionária. Enfim, descrevendo a essência do sentimento boêmio!
A outra cena que coloquei é quando uma outra personagem, Musetta, tenta fazer ciúmes ao seu amado Marcello, e a letra é muito divertida, me identifiquei com ela, quando nos produzimos todas para o nosso amor que nos desdenha, e acabamos vendo-o ficar de queixo caído.
Deixo a letra de ambas com as respectivas traduções.
Che Gelida Manina (Que Mãozinha Gelada)
Che gelida manina,se la lasci riscaldar.
Que mãozinha gelada, se me deixas aquecê-la
Cercar che giova, al buio non si trova.
o que você procura, no escuro não se encontra
Ma per fortuna è una notte di luna, e qui la lunal'abbiamo vicina.
Mas por sorte é uma noite de lua, e aqui a lua, a temos bem próxima.
Aspetti signorina, le dirò con due parole
Espere moça, te direi com duas palavras,
chi son, chi son e che faccio,come vivo. Vuole?
quem sou, quem sou e o que faço, como vivo. Você quer?
Chi son?Sono um poeta. Che cosa faccio? Scrivo. E come vivo? Vivo.
Quem sou? Sou um poeta. O que faço? Escrevo. E como vivo? Vivo.
In povertà mia lieta,scialo da gran signore,
Na minha despreocupada pobreza, vivo como um grande senhor,
rime ed inni d'amore per sogni e per chimere e per castelli in aria ...L'anima ho milionaria!
rimas e hinos de amor, para sonhos e quimeras e para castelos no ar ... Tenho a alma milionaria!
Talor dal mio forziere ruban tutti i gioelli due ladri ...Gli occhi belli.
Talvez deste meu cofre roubem todas as jóias. Dois ladrões ... os olhos belos.
V'entrar com voi pur ora, ed i miei sogni usati e i bei sogni miei tosto si dileguar.
Entram com você também agora, e os meus sonhos de costume e os meus belos sonhos logo vão se dissipar.
Ma il furto non m'accora, poichè,poichè v'ha preso stanza la speranza.
Mas o roubo não me apavora, porque, porque nasceu a esperança.
Or che mi conoscete,parlate voi.Deh! Parlate!Chi siete, vi piaccia dir!
Agora que me conheces, fale você. Fale! Quem você é, gostaria de dizer?
Quando m´en vo (Quando me vou)
Quando men vo, quando men vo soletta per la via, la gente sosta e mira.
Quando me vou, me vou sozinha pela rua, as pessoas param e me olham.
E la bellezza mia tutta ricerca in me,Ricerca in me da capo a pie.
E toda a minha beleza a procuram da cabeça aos pés.
Ed assaporo allor la bramosia sottil,Che da gl'occhi traspira.
E então eu provo o sutil desejo, que transpira dos seus olhos.
E dai palesi vezzi intender sa alle occulte beltà.
E podem ver belezas ocultas por trás dos encantos que aparecem
Cosi l'effluvio del desio Tutta ma'ggira.Felice mi fa!Felice mi fa!
E assim o suspiro do desejo rodopia ao meu redor, me faz feliz, me faz feliz!
E tu che sai, che memori e ti struggi , da me tanto rifuggi?
E tu que sabes, recordas e resistes, tanto foges de mim?
So ben: le angoscie tue non le vuoi dir,Non le vuoi dir,So ben ma ti senti morir!
Sei bem, as tuas angústias não queres contar, não queres, eu sei bem, mas te sentes morrer!
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Boemia
É um fenômeno social e literário que aconteceu em diversos pontos do planeta e em diferentes épocas. Aparentemente, o termo boêmio surgiu no meio literário francês no século XVII, para caracterizar estrangeiros, ciganos, que tinham um estilo de vida às margens da sociedade da época, que se pensava virem da Boêmia (região da República Tcheca), usado de forma pejorativa. Mas foi no auge do romantismo francês do século XIX que o termo se popularizou, através de escritores como Balzac, e pela coleção de estórias de Henri Murger, Cenas da Vida Boêmia, publicada em 1845, escrita para glorificar e legitimizar a Boemia. Algumas óperas famosas que buscavam retratar a realidade social da época utilizaram esta temática, como Carmen de Bizet e La Bohème de Puccini, esta última com libreto inspirado nestes contos de Henry Murger. O termo irradiou-se pelos bairros franceses do Quartier Latin, Montmartre e Montparnasse, bairros conhecidos por abrigar estudantes, filósofos, escritores, artistas, sonhadores que se reuniam nos seus cafés para trocar as suas idéias, vivendo de forma livre e excêntrica, procurando romper, através da arte, com as forças mercadológicas que estavam surgindo com a ascensão da burguesia. Foi um momento rico, artística e emocionalmente, levantado por estes excêntricos que acreditavam em um mundo mais simples e mais belo. Dentre eles podemos citar os pintores Amedeo Modigliani, Henry de Toulouse-Latrec, Edgar Degas, Van Gogh, Pablo Picasso e os escritores Jean Paul Sartre, Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald. No Brasil, também tivemos uma boemia ativa como movimento no Rio de Janeiro do século XIX, representada pelos escritores Aluísio de Azevedo, Olavo Bilac e Coelho Neto, por exemplo. Enfim, o termo boêmio descreve uma pessoa, não importa a sua procedência, que viva da arte de uma forma não convencional, muitas vezes abrindo mão de recursos financeiro. Nos dias de hoje o termo perdeu o seu sentido original daquele que busca uma ruptura com o sistema através da arte, para caracterizar aquela pessoa que só vive nos bares, que não faz nada de produtivo, aqueles que chamamos de vagabundos. É uma pena esta distorção. De qualquer maneira, tenho certeza de que muitas pessoas gostariam de poder se dedicar à sua arte, seja música, literatura, pintura, mas acabam abrindo mão destes sonhos pelas exigências da sociedade capitalista.
Deixo o vídeo da música La Bohème, de Charles Aznavour, que traduz todo o sentimento saudosista da boemia do Montmartre, além de linda imagens deste bairro. Coloquei a letra e a tradução. O assunto continua no próximo post.
As obras de arte neste post são (1) O Moinho da Galette - Pierre Auguste Renoir; (2) No Moulin Rouge - Henri de Toulous-Latrec e (3) Mulher Bonita - amedeo Modigliani.
A boemia, a boemia, queria dizer nós somos felizes
Nos cafés vizinhos nós éramos alguns que esperávamos a glória
A boemia, a boemia, isso quer dizer, você é bela