segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Asclépio e a minha arte

Decidi começar a publicar arte feita por mim no blog. Eu ia esperar um pouco, adquirir mais experiência, aprender mais etc etc etc. Mas quem sabe postando aqui seja um estímulo para produzir mais.

A figura ao lado é de um quadro que pintei, chama-se "Asclépio" (acrílico sobre tela, 50x30), e foi uma encomenda do meu marido, para colocar no consultório dele. Foi um estudo (uma releitura) de uma imagem que vi numa revista de medicina, de um vitral da Faculdade de Medicina da USP. Adoro Art Nouveau e vitrais, por isso gostei muito de executar este trabalho. Além disso, pude expressar uma das minhas paixões que é a pintura, e também relembrar um pouco da história da Medicina, que é a arte em que mais atuo no momento. Gostaria de falar neste post então um pouco sobre Asclépio.
Asclépio(grego) ou Esculápio (latim) era o deus da Medicina e da cura da mitologia greco-romana. Existem várias versões de seu mito, mas a mais conhecida o aponta como filho de Apolo, o deus da luz, e Corônis, uma mortal. Teria nascido de cesariana após a morte de sua mãe, e levado para ser criado pelo centauro Quíron, que o educou na caça e nas artes da cura. Aprendeu o poder curativo das ervas e a cirurgia, e adquiriu tão grande habilidade que podia trazer os mortos de volta à vida, pelo que Zeus o puniu, matando-o com um raio.

Muitas das narrativas em que se fala de Asclépio vêm através de Homero, e uma vez que atualmente o relato homérico sobre a Guerra de Tróia é considerado a poetização de um evento possivelmente histórico, Asclépio pode ter existido de fato, vivendo em torno de 1200 a.C., e sido mais tarde divinizado. Dentro da cultura grega não era incomum que heróis célebres fossem objeto de culto após sua morte. Escrevendo no século I, Celso explicou que pelo fato de ter aperfeiçoado as artes médicas, antes primitivas, ele mereceu um lugar entre os imortais.

Entre as curas que teria operado, estão as de vários heróis feridos em Tebas; de Filocteto em Tróia; as filhas de Proetus que haviam sido enlouquecidas por Hera; restaurou a visão aos filhos de Fineu; curou com ervas as feridas de Hércules em sua luta contra a Hidra de Lerna, devolveu à vida Orion, Hipólito, Himeneu, Glauco, Panassis e Licurgo. Após sua morte, outras curas lhe foram atribuídas por outros médicos da época.

Ele é representado usualmente como um homem mais velho, vestido com uma túnica que lhe descobre o ombro direito, e apoiado a um cajado onde se enrola uma serpente. Às vezes aparece a seu lado um menino, símbolo da recuperação da saúde. Também pode ser mostrado junto de algum de seus outros filhos, especialmente Higéia, que se tornou uma figura importante em seu culto e chegou a ter templos próprios (de onde vem a palavra higiene e também hígido - aquele que tem saúde). A estátua de seu principal templo fora feita em Epidauro, de ouro e marfim, tinha cerca de seis metros de altura, e ele aparecia sentado em um trono, pousando sua mão direita sobre uma serpente, enquanto que com a esquerda segurava um cajado, e tinha um cão ao seu lado. Asclépio foi representado em moedas cunhadas por 46 imperadores e imperatrizes romanos, e essas moedas circulavam em todo o império romano.

O principal símbolo de Asclépio é um bastão com uma serpente enrolada, que muitas vezes tem sido confundido erroneamente com o caduceu, que possui duas serpentes. A origem do símbolo é muito antiga, anterior aos gregos. Há mais de 5 mil anos os mesopotâmios usavam um bastão com uma serpente como emblema de Ningizzida, o deus da fertilidade, do matrimônio e das pragas. Para os gregos e romanos a serpente era um símbolo da cura porque periodicamente abandona sua pele velha e renasce, da mesma forma que os médicos removem a doença dos corpos e rejuvenescem o homem. Era conhecido também dos judeus antes de Cristo, como se lê no relato bíblico de Moisés erguendo um poste com uma serpente de bronze para livrar o seu povo de uma praga de serpentes.
Foram identificados centenas de santuários antigos de Asclépio em toda a orla do Mediterrâneo e Europa ocidental - desde Mênfis do Egito até Karpow no norte da Europa, desde Ecbátana no Oriente até o País de Gales - através de ruínas arqueológicas, citações literárias e inscrições em monumentos. Estes santuários funcionavam como hospitais, onde as pessoas iam buscar a cura de seus males.

A tradição médica derivada de Asclépio foi assimilada por Hipócrates, considerado por muitos o pai da medicina ocidental, que se formou no santuário de Asclépio em Cós. Ele mesmo era descendente dos Asclepíades, uma linhagem de sacerdotes-médicos que se dizia derivada da progênie do próprio deus. Apesar de a medicina hipocrática se desenvolver em uma linha mais científica e empírica, vários aspectos da sua doutrina se basearam no folclore religioso que cercava o culto de Asclépio, e deu grande atenção aos sonhos como elemento de diagnóstico.

Depois do surgimento do Cristianismo, vários santuários de Asclépio foram transformados em igrejas cristãs, dedicadas a santos ligados à cura, mas ele foi um dos deuses pagãos de maior sobrevida dentro do Cristianismo, em virtude de sua fama de bondade e compaixão. Na época em que o Partenon de Atenas já era uma igreja cristã, no século VI d.C., o templo de Asclépio adjacente ainda era frequentado. Estudiosos afirmam que a liturgia de culto de Asclépio foi uma forte influência sobre a sistematização da ritualística cristã. Justino, em sua Apologia, escreveu que "Quando dizemos que Jesus curou os aleijados e os paralíticos e os que eram doentes desde o nascimento e que ressuscitou os mortos, estamos relatando feitos que eram idênticos àqueles que se diz Asclépio ter praticado"

fonte: Wikipedia

8 comentários:

  1. hehe
    Essas histórias são muito remotas não? Mas a sua pintura ficou obviamente muito bonita! Você tem talento! ^^

    http://cerebro-musical.blogspot.com

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  2. A pintura está ótima, e pela história (ou estória, se concordar que é apenas parte da mitologia grega) e definição fisica da pessoa/personagem você fez um desenho muito fiél as suas caracteristicas.

    Parabéns.

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  3. belos quadros...e ainda mais...fala da origem deles...parabes..

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  4. Nossa, parabéns, ficou mto bom! Quem sabe um dia eu coloque o Hermes no meu hehehehe

    Abraços
    www.borarir.com

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  5. Muito legal,vou repetir o q a colega disse ali em cima pq é oq eu achei:"Essas histórias são muito remotas não? Mas a sua pintura ficou obviamente muito bonita! Você tem talento!"

    Continue assim!!Bjs
    http://imodelblog.blogspot.com/

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  6. Muito legal, gostei do quadro! Você escreve muito bem e é super inteligente. Mas o talento deve ser aperfeiçoado, lembre-se!
    abraços

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